Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro
Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro Há flores por todos os lados Há flores em tudo que eu vejo
A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes
Flores.. flores...
As flores de plástico não morrem
Uma interessante interpretação para esta música você pode ler aqui
Mas no momento interessa-me um verso em particular: "As flores de plástico não morrem". Tomando-o isoladamente, sem o contexto em que o eu lírico está envolvido, me arrisco a fazer as seguinte interpretações:
As flores de plástico pode se referir a todas aquelas coisas que sentimos, como: mágoas que não conseguimos esquecer, remorsos que nos perseguem, lembranças que nos atormentam, ódio que não tem limite,feridas que não cicatrizam. Mas também podem se referir àquelas pessoas que tanto fazem figurar ou não em nossas vidas, já que são estúpidas, ocas e sem cores, e nada acrescentam às nossas vidas, embora, por forças das circunstâncias, precisamos aturá-las.
Também pode fazer referência àquelas pessoas que insistem em fazer figuração para sair bem na fita, mas nada acrescentam à história. Estas verdadeiramente não pensam no povo, nos amigos, na família, mas em como vão estar perante os mesmos, ou a quem lhes interessar.
Por outro lado, pode fazer referência àquelas pessoas que servem somente para atrapalhar a vida dos outros, as ervas daninhas que não podemos eliminar e dos vazos ruins dos quais não podemos nos livrar. As ervas e os vazos estão em todos os lugares: no trabalho, na escola, na política, na família, nos círculos sociais. Nunca morrem, renovam-se.
Sinta-se à vontade para fazer sua interpretação.
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