31 de jan. de 2012

Cataratas do Iguaçu - homenagem Google

O Doodle especial do Google esta terça feira presta uma homenagem as Cataratas do Iguaçu descoberta em 1542 pelo espanhol Álvar Nuñes de Vacca.

A área das Cataratas do Iguaçu são um conjunto de cerca de 275 quedas de água no Rio Iguaçu(na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, no Brasil, e o Parque Nacional Iguazú em Misiones, na Argentina, fronteira entre os dois países. A área total de ambos os parques nacionais, correspondem a 250 mil hectares de floresta subtropical e é considerada Patrimônio Natural da Humanidade.

As quedas podem ser alcançadas a partir das duas principais cidades dos dois lados das cataratas, Foz do Iguaçu, no estado do Paraná, no Brasil, e Puerto Iguazú, na província de Misiones, Argentina, bem como a partir de Ciudad del Este, no Paraguai, do outro lado do rio Paraná. As quedas são compartilhados pelo Parque Nacional Iguazú (Argentina) e pelo Parque Nacional do Iguaçu (Brasil). Os dois parques foram designados Patrimônio Mundial da UNESCO em 1984 e 1987, respectivamente.


Leia mais sobre as Cataratas do Iguaçu seguindo os seguintes links:
Portal Cataratas do Iguaçu
Wikipedia

16 de jan. de 2012

A falta de justiça, a fonte de todo nosso descrédito

Grande discurso de Rui Barbosa pronunciado em uma sessão do Senado federal em 1914. Produzido a quase 100 anos, para denunciar injustiças da época, o texto ressoa atualismo, e nos leva a refletir sobre as transformações negativas, que assolam a nossa sociedade.
Segundo Rogério Chociay pesquisador da UNESP, trata-se de uma ressonância que se torna emblema nacional da indignação contra a injustiça e a desonestidade, pois trata de um feliz encontro entre um tema, ainda hoje infelizmente atual, e uma forma erigida magistralmente, num momento mágico, para expressá-lo.

A falta de justiça, a fonte de todo nosso descrédito

A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação.
A sua grande vergonha diante do estrangeiro, é aquilo que nos afasta os homens, os auxílios, os capitais.
A injustiça, Senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, ... promove a desonestidade, promove a venalidade ... 
... promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto
Essa foi a obra da República nos últimos anos 

  Os vícios que encorparão a frase-pico já se apontam nas anteriores. 
cor Os valore a preservar, cuja quebra conduz o país ao descrédito e o orador à indignação
cor As reações no estrangeiro não são apenas de ordem moral
cor As reações dos homens decentes
cor O efeito danoso da injustiça sobre as novas gerações
cor Numa sociedade em que os vícios se tornam virtudes, os indivíduos perdem a fibra,  severidade e se tornam vis, aduladores e venais                                                              
cor As orações iniciadas por "de tanto" constroem, em série ascendente, uma causa, clímax da injustiça: os poderes nas mãos dos maus. As restantes constroem em série um efeito, clímax do desânimo, a vergonha de ser honesto, que, sob o ponto de vista ético, é anticlímax: O agigantamento dos poderes  nas mãos dos maus gera reações dos homens bons. Mas da atitude de desânimo e vergonha, manifestada com tal vigor retórico, emana maior força moral que um brado de protesto.

 Fonte: Revista Língua Portuguesa, Nº 52, Ano 4



14 de jan. de 2012

Envoltos pela calúnia e fuxico


Escrito pelo amigo Ademir Cordeiro de Menezes, conhecido por Sarney, esta obra de caráter social e político, reúne uma coletânea de textos diversificados e de fácil compreensão, produzida com dedicação, carinhosamente, direcionada a você, que aprecia a boa leitura, navegando na leveza ou na aspereza dela, num mundo faminto de poder, dinheiro, fama e glória. (A coletânea das crônicas encontra-se na Biblioteca Municipal de Jardim)

ENVOLTOS PELA CALÚNIA E FUXICO
 (...)Muitos indivíduos são hábeis na tecelagem verbal, amordaçando suas vítimas em teias venenosas, onde aqui se ouve um boato de um jeito, acolá, de outro, o que polui os ares por um vai-vem de termos controversos, suspeitos e graves, plenos de ira, vingança e violência. Portanto, é bom ter cautela sobre a vida dos outros: ver, ouvir e falar com a ótica do bom senso para não arremessar pessoa contra pessoa e não destruir as relações éticas, políticas e sociais dos outros. (...)

 PODER E SEDUÇÃO
(...) O poder administrativo é uma estrutura material, que vem do povo por meio de eleições livres e transferido para os comandos executivos e legislativos, onde surte efeito positivo ou negativo sobre as massas humanas. Numa sociedade onde o poder, a sedução e a democracia se misturam, é preciso saber equilibrar ganhos e perdas, para que as disputas pelo primeiro lugar não se tornem instrumentos de repressão para os demais membros de uma coletividade, mas possam respeitá-los como cidadãos da mesma pátria e do mesmo mundo, onde os primeiros e os segundos se superem entre situacionismo e oposicionismo. (...) 

 VULGARIZAÇÃO DA LÍNGUA 
 (...) Vulgarizar a língua é empobrecê-la pelo uso de termos profanos; é assassiná-la com golpes mortais; é torná-la vulnerável à ação de incoerentes narradores que se expressam a seu bel prazer. (...) Portanto, o homem é aquilo que pensa, fala e realiza, usando os poderes da língua, então, lhe cabe pensar e proferir palavras sadias, para ser exemplo de caráter e civilidade na sociedade em que vive. (...) 

 PATRIMÔNIO PÚBLICO
(...)Embora aqueles que se dizem gestores da coisa pública exerçam o papel de bons administradores, num dado momento, eles se deixam seduzir por mesquinharias políticas, econômicas e sociais que os tangem para a retaguarda do bem comum, se suas ações não condizem com o conteúdo de suas palavras proclamadas na corrida atrás do poder.(...)

  INCLUSÃO E EXCLUSÃO SOCIAL
(...)Os excluídos aumentam à medida que crescem diferenças entre pessoas, famílias e sociedade, como: a perfeição e a imperfeição, a humildade e a grandeza, ser e não ser, ter e não ter, a dependência e a liberdade, a fortaleza e a fraqueza, a fama e o anonimato, a locomoção e a paralisia, a funcionalidade e a ociosidade(...)

12 de jan. de 2012

Gosto de sentir a minha língua

Dicionários dão como hipotética esta origem de "roçar"; do Latim "ruptiare", proveniente de "ruptus", particípio passado de "rumpere" ("dilacerar", "arrancar", "rasgar", "abrir", "varar"). Todas essas acepções cabem na interpretação de "Gosto de sentir a minha língua roçar a língua de Luis de Camões". A "língua de Camões" nos remete ao português de Portugal. Se "roçar" vem de "rumpere", tem a mesma origem de "romper". O roçar de que fala Caetano inclui, portanto, a ideia de ruptura, inevitável num caso como o da relação do português de Portugal com o português do Brasil. Ao fim e ao cabo, a nossa língua realmente "roça" a língua de Camões: é e não é essa língua, fez-se e faz-se dela e nela, é-lhe fiel e trai-a, roça suas pernas nas dela e (às vezes) copula com ela...

Em antológico texto, Fernando Pessoa afirma que Portugal poderia desaparecer, desde que a língua sobrevivesse ("Minha pátria é a língua portuguesa"). Em clara referência a Pessoa, Caetano declara seu amor à língua e convoca a Mangueira ("Fala, Mangueira!"), prova viva do que afirma na passagem "Flor de Lácio, Sambódromo". "Flor do Lácio" é alusão ao poema Língua Portuguesa, de Bilac ("Última flor do Lácio, inculta e bela..."), Lácio é o nome português do Latium, região de Roma. A Língua do Latium é o Latim. Por ser a mais jovem das neolatinas, o português é a "última flor do Lácio". "Sambódromo" é a palavra do português brasileiro, mas é o encontro de um elemento africano ("Samba") com um grego ("dromo"). Está explicado o trajeto!

Ao ir de Roma ao Rio em apenas uma linha, Caetano viaja por dois mil anos e mostra o que quer, o que pode essa língua, espelho vivo de um país que são muitos, mas é um, ou é um, mas são muitos. Viva a língua portuguesa!

Texto de Pasquale Cipro Neto
Fonte: Revista Almanaque Brasil da Cultura Popular. Ano 2004

11 de jan. de 2012

Homenagem do Google para Nicolas Steno, pioneiro nos campos da anatomia e geologia


Nicolas Steno, após completar a sua educação universitária em Copenhaga sua cidade natal, viajou pela  Europa; Na   França,Itália e Países baixos entrou em contacto com vários cientistas e médicos proeminentes, e graças à sua grande capacidade de observação em breve fez importantes descobertas. Numa altura em que os estudos científicos consistiam na leitura dos autores antigos, Steno foi suficientemente audaz como para confiar nas suas observações, mesmo quando estas diferiam das doutrinas tradicionalmente aceitas.

Inicialmente dedicou-se ao estudo da  anatomia focando o seu trabalho sobre o sistema muscular e na natureza da contração muscular. Utilizou a geometria para mostrar que um    músculo em contração altera a sua forma mas não o seu volume.
Em Outubro de 1666, dois pescadores capturaram um enorme tubarão, próximo da cidade de Livorno e o grão-duque Fernando mandou enviar a cabeça do animal a Steno. Este dissecou-a e publicou as suas descobertas em 1667. O exame dos dentes do tubarão mostrou que estes eram muito semelhantes a certos objectos chamados glossopetrae, ou pedras língua, encontrados em algumas rochas. Os autores antigos, como Plínio, o Velho, haviam sugerido que estas pedras haviam caído do céu ou da Lua. Outros eram da opinião, também ela antiga, de que os fósseis cresciam naturalmente nas rochas. Um contemporâneo de Steno, Athanasius Kircher, por exemplo, atribuía a existência de fósseis a uma virtude lapidificante dispersa por todo o corpo do geocosmo.

Por seu lado, Steno argumentou que os glossopetrae pareciam-se com dentes de tubarão, porque eram dentes de tubarão, provenientes das bocas de antigos tubarões, que haviam sido enterrados em lodo e areia que eram agora terra seca. Existiam diferenças de composição entre os glossopetrae e os dentes dos tubarões actuais, mas Steno argumentou que os fósseis podiam ter a sua composição química alterada sem que a sua forma se alterasse, através da teoria corpuscular da matéria.

O trabalho de Steno sobre os dentes de tubarão levou-o a questionar-se sobre a forma como um objecto sólido poderia se encontrado dentro de outro objecto sólido, como rocha ou uma camada rochosa. Os "corpos sólidos dentro de sólidos" que atraíram o interesse de Steno incluíam não apenas fósseis como hoje os definimos, mas também minerais, cristais, incrustações, veios, e mesmo camadas completas de rocha ou estratos. Os seus estudos geológicos foram publicados na obra Discurso prévio a uma dissertação sobre um corpo sólido contido naturalmente num sólido em 1669. Este trabalho seria aprofundado em 1772 por Jean-Baptiste Romé de l’Isle.

Steno não foi o primeiro a identificar os fósseis como sendo de organismos vivos. Os seus contemporâneos Robert Hooke e John Ray também defenderam este ponto de vista.
A Steno atribui-se definição da lei de sobreposição, e dos princípios de horizontalidade original, continuidade lateral: os três princípios básicos da estratigrafia.


Fonte da pesquisa: Wikipedia

7 de jan. de 2012

Menino do Rio


A coerência textual resulta da relação harmoniosa entre as ideias apresentadas num texto. Refere-se,  dessa forma, ao conteúdo, ou seja, à sequência ordenada das opiniões ou fatos expostos de forma coerente, sem contradições ao que se afirma para os interlocutores.

Verifique a letra  que segue, se o conceito acima se aplica a mesma.


Menino do Rio - Caetano Veloso

Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Dragão tatuado  no braço
Calção corpo aberto no espaço
Coração de eterno flerte
Adoro ver-te
Menino vadio
Tensão flutuante  do rio
Eu canto pra Deus proteger-te
O Hawai
Seja aqui
O que tu sonhares
Todos os lugares
As ondas dos mares
Pois quando te vejo
Eu desejo teu desejo
Menino do Rio
Calor que provoca arrepio
Tome esta canção como um beijo

Doodle Google para o criador da Família Addams

A homenagem do Google este sábado foi para o cartunista norte americano Charles Addams, assinalando o 100° aniversário de seu nascimento.

Charles Samuel Addams, ficou célebre ao criar quadrinhos com personagens que habitavam um mundo particular, com criaturas alarmante ao estilo Frankenstein. Suas estórias foram adaptadas para a TV com o nome de "A Família Addams". Addams trabalhou no departamento de arte de uma revista criminalista e sua função era pintar cruzes pretas nas fotografias indicando o lugar onde havia sido encontrado o cadáver. Seu humor mórbido floresceu na revista norte-americana The New Yorker, em 1936, e a sua produção era equivalente à de Thurber e Peter Arno, com quem trabalhava. Um ano depois a revista publicaria os seus inspirados cartoons da Família cujas figuras góticas, mais tarde, ganhariam vida numa série feita para a televisão: A Família Addams. Esta série acabou sugerindo outra, igualmente famosa: Os Monstros. Charles Addams nasceu em Westfield, Nova Jérsei, 7 de Janeiro de 1912 — Nova Iorque e morreu em 29 de Setembro de 1988

Fonte: Wikipedia

3 de jan. de 2012

As Flores de Plástico

Flores (Titãs)
Olhei até ficar cansado
De ver os meus olhos no espelho
Chorei por ter despedaçado
As flores que estão no canteiro

Os punhos e os pulsos cortados
E o resto do meu corpo inteiro
Há flores cobrindo o telhado
E embaixo do meu travesseiro Há flores por todos os lados Há flores em tudo que eu vejo

A dor vai curar essas lástimas
O soro tem gosto de lágrimas
As flores têm cheiro de morte
A dor vai fechar esses cortes

Flores.. flores...
As flores de plástico não morrem

Uma interessante interpretação para esta música você pode ler aqui
Mas no momento interessa-me um verso em particular: "As flores de plástico não morrem". Tomando-o isoladamente, sem o contexto em que o eu lírico está envolvido, me arrisco a fazer as seguinte interpretações:
As flores de plástico pode se referir a todas aquelas coisas que sentimos, como: mágoas que não conseguimos esquecer, remorsos que nos perseguem, lembranças que nos atormentam, ódio que não tem limite,feridas que não cicatrizam. Mas também podem se referir àquelas pessoas que tanto fazem figurar ou não em nossas vidas, já que são estúpidas, ocas e sem cores, e nada acrescentam às nossas vidas, embora, por forças das circunstâncias, precisamos aturá-las.
Também pode fazer referência àquelas pessoas que insistem em fazer figuração para sair bem na fita, mas nada acrescentam à história. Estas verdadeiramente não pensam no povo, nos amigos, na família, mas em como vão estar perante os mesmos, ou a quem lhes interessar.
Por outro lado, pode fazer referência àquelas pessoas que servem somente para atrapalhar a vida dos outros, as ervas daninhas que não podemos eliminar e dos vazos ruins dos quais não podemos nos livrar. As ervas e os vazos estão em todos os lugares: no trabalho, na escola, na política, na família, nos círculos sociais. Nunca morrem, renovam-se.
Sinta-se à vontade para fazer sua interpretação.

2 de jan. de 2012

Compartilhando o que vale a pena



Jardim perde uma filha ilustre, Beatriz Neves, a mais árdua devota de são Bom Jesus e guardiã da imagem desse santo até a data do seu falecimento. Uma das mulheres mais honradas da sociedade jardinense.
Beatriz Neves que era a oitava do grupo familiar constituído pelo casal Napoleão Franco da Cruz Neves e Donana Pereira Neves, nasceu em 17 de janeiro de 1910, no sítio Belo Horizonte, vindo a falecer no dia 31 de dezembro de 2011. A mesma foi alfabetizada em seu lar pelo cunhado Luiz Aires e apesar da sua nítida timidez na infância e na adolescência , saiu desta pequena cidade interiorana, a nossa jardim,com destino à capital do estado (Fortaleza),para aperfeiçoar a sua formação intelectual, cultural e religiosa no colégio das Doroteias, que era à época administrado com rigor pelas religiosas da Congregação das Filhas de Santa Dorotéia, um dos educandários de maior referência na área educacional e moral do Nordeste.
Em retorno a sua terra por volta dos anos 30 ou 31,não se sabe ao certo,abdicou de muitos prazeres da juventude para assumir efetivamente o papel de educadora, inicialmente no Sítio Belo Horizonte, onde exerceu o magistério sem auferir qualquer valor remuneratório.
No início da década de 40,por ocasião da fundação das escolas reunidas, a homenageada teve o seu valor reconhecido pelo senhor Davi Couto (embora fizessem parte de facções políticas diferentes), o qual a indicou para integrar o corpo docente daquele educandário, juntamente com as senhoras e senhoritas: Lígia Aires, Lourdes Filgueira, Pedrina Filgueira, Adelzira Luz, Dona Lóssio, Dona Luizita, Dona Vandira e Dona Eunice Sobreira.
Como membro de uma família envolvida com a política jardinense vale salientar que Beatriz Neves era irmã do primeiro prefeito constitucional de jardim, o senhor Joaquim Pereira Neves e irmã do ex-prefeito José Franco Neves, eleito prefeito de Jardim por duas vezes.
Em resumo, retrato a senhorita beatriz neves como uma mulher que era possuidora de uma fé inabalável, inteligência admirável, educadora comprometida e enciclopédia humana da História de Jardim. Ela partiu para o plano superior ao encontro do Pai Eterno, mas o seu nome ficará registrado na história do nosso município. Saudades eternas.
Texto de Cremilda Sampaio Neves Bringel