Quem foi José Rangel
José Rangel nasceu na Rua Padre João Bandeira mais conhecida como Rua da Baixa, em Jardim-Ce, a 28 de maio de 1895, filho de Cirilo leite Rangel e Maria Bringel (Dona Maroca)
De origem humilde, bastante inteligente e reservado, estudou no Colégio 24 de Abril, fundado pelo Educador Dr. Lima Botelho, em 1916 - um marco na história educacional de Jardim e do Cariri - e concluiu seus estudos em Fortaleza-CE.
Em 1920 entra na Escola de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde fez carreira, e participou ativamente da vida da cidade. Foi o autor da escultura na Avenida Atlântica, esquina com a Rua Siqueira Campos, em Copacabana, homenageando este que foi o único Tenente morto dos “18 do forte de Copacabana", jovens militares que se rebelaram, em 1922. (Veja:Acervo Escultórico do Rio de Janeiro)
Em 1929 participou do Concurso público para o monumento comemorativo do Centenário de nascimento de José de Alencar, idealizado pelo jornalista Gilberto Câmara . Foi classificado em 3º lugar. A obra ganhadora foi do escultor Cozzo, em estilo Art- Déco , que consite em conjunto escultórico considerado o mais belo da cidade de Fortaleza.
Em Recife, Zé Rangel foi professor, onde preparava jovens artistas e graças a uma escultura, ganhou prêmio de viagem ao exterior, mas preferiu uma viagem pelo Brasil e retornou a sua terra natal Jardim, onde deixou uma obra que orgulha a cidade , a Escultura de Nossa Senhora das Graças, em cimento cru, na praça principal da cidade em frente a Matriz de Santo Antônio, inaugurada às 18 horas de 1º de janeiro de 1949.
A obra de Arte que tanto orgulho causa aos jardinenses foi modificada por um pároco desinformado que mandou pintá-la de de azul e branco deformando a originalidade da mesma. Somente cinqüenta anos depois, Sérvulo Esmeraldo, que participou da festa de inauguração da escultura, chamado pela prefeitura da Cidade, removeu o azul e o branco e nos revelou a Santa, tal como foi criada pelo artista genial José Rangel. Até hoje não foi colocada a placa, com o registro de sua autoria.
Outras marcas deixadas em jardim pelo artista, encontram-se no seio de sua família e um baixo relevo que pode ser apreciado no túmulo da família, construído depois da morte de sua mãe, Dona Maroca, no Cemitério São João batista em Jardim-Ce.
Morreu no dia 11 de novembro de 1969, no Hospital dos Servidores, no Rio de Janeiro.
“Deixou herdeiros na arte, uma profusão de alunos que beberam de sua experiência e usufruíram seu legado, que nós cabe divulgar e dele tirara partido, como uma lição de amor e arte, que nem o tempo nem o esquecimento conseguiram corroer”. (Palavras do Professor e Historiador Gilmar de Carvalho).
Excelente e justa publicação acerca de um genial filho de Jardim, que apesar de ser uma cidade carente em destaques no cenário nacional, poucos são os jardinenses (inclusive os que se dizem instruidos) que se mobilizam pra demonstrar o reconhecimento e a apreciação da obra desse genial escultor. Parabéns pela iniciativa e pelo texto!!
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